Caso Benício: pai relata angústia ao lado do filho até o fim no AM

O Caso Benício revela imagens de um pai ao lado do filho nos seus últimos momentos. Bruno Mello de Freitas, pai de Benício, de 6 anos, permaneceu ajoelhado à beira da cama no Hospital Santa Júlia, em Manaus, AM, enquanto o menino falecia após um erro médico.
Este pai desolado jamais imaginou que uma simples ida ao hospital terminaria em uma tragédia tão dolorosa e cheia de erros. O menino recebeu uma dose equivocada de adrenalina intravenosa, desencadeando uma sequência fatal.
Benício foi levado ao hospital com tosse seca e febre, sintomas que sugeriam laringite. Ele permaneceu sob observação da equipe médica por quase 14 horas na unidade de saúde. Um mês antes, ele havia sido atendido no mesmo local, pelo mesmo motivo, e tratado de forma segura com inalação de adrenalina.
Acompanhamento e erro médico
Desta vez, a situação mudou drasticamente devido a uma prescrição equivocada. A médica Juliana Brasil Santos admitiu ter receitado adrenalina intravenosa, e a técnica de enfermagem Raíssa Bentes foi quem aplicou a medicação. Pouco depois da aplicação, o quadro de Benício piorou rapidamente.
O garoto apresentou palidez intensa, forte dor no peito e grande dificuldade para respirar. Diante do agravamento crítico, ele foi prontamente levado para a sala vermelha do hospital. Em seguida, Benício foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde, inicialmente, permaneceu consciente.
Luta pela vida na UTI
Na UTI, Benício teve um breve encontro com o pai e até conseguiu fazer uma refeição. No entanto, poucas horas depois, seu estado de saúde exigiu que ele fosse intubado. Entre sucessivas crises, o menino sofreu seis paradas cardíacas.
Infelizmente, Benício não resistiu e faleceu. Bruno Mello de Freitas relatou que, durante todo o tempo, esteve ajoelhado ao lado do filho, conversando e rezando por ele. Ele tentava ajudar o menino a respirar, enquanto aguardava, angustiado, por uma resposta da equipe médica.
