Diretor de escola em Bebedouro sugere agressão contra aluna autista

Em Bebedouro, interior de São Paulo, a denúncia de maus-tratos em uma escola municipal chocou a comunidade. O caso envolve crianças autistas e relatos de agressões e negligência por parte de funcionários.
Diretor sugere agressão
Rosimeire Cristina Cardoso de Sousa, mãe de uma menina de 10 anos, relatou que o diretor da Escola Municipal Professor Stélio Machado Loureiro sugeriu que ela agredisse a própria filha para ‘acalmar’ a criança. A orientação teria ocorrido durante uma visita à sala de aula. Rosimeire também desconfiou de agressões e flagrou o diretor puxando sua filha.
Outras denúncias
Neiva Santos Paes, mãe de um menino de 6 anos, também denunciou maus-tratos. Ela descobriu que o filho era isolado dos colegas, proibido de participar de atividades e agredido. A cozinheira chegou a jogar tomate no rosto do menino. Diante da situação, Neiva decidiu transferir o filho de escola.
Isolamento e agressões
As denúncias de ambas as mães indicam um cenário de negligência e violência contra alunos autistas na escola. As crianças eram isoladas, impedidas de participar de atividades e, em alguns casos, sofriam agressões físicas e verbais.
Testemunha relata
Aline Fernandes, que trabalhou como auxiliar na escola, confirmou as agressões e discriminação. Ela relatou ter presenciado maus-tratos contra diversas crianças e foi ameaçada após expressar sua intenção de denunciar a situação. Aline também mencionou que uma das crianças era chamada de ‘insuportável’ por um membro da direção.
Medidas tomadas
A prefeitura de Bebedouro informou que abriu um processo administrativo para investigar o caso. A advogada Kézia Ribeiro, que representa as famílias, espera punição aos envolvidos e a criação de políticas públicas para proteger as crianças com deficiência.
