Assessor Desvia Milhões em Investimentos: Empresário de Ribeirão Preto é Preso

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A Polícia Federal (PF) prendeu Frederico Goz Biagi, assessor de investimentos de Ribeirão Preto (SP), suspeito de desviar ao menos R$ 11 milhões de investidores. A prisão ocorreu na manhã desta quinta-feira (4) em Poços de Caldas (MG), durante a Operação Stop Loss.

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As investigações apontam que Biagi utilizava os valores dos clientes para proveito próprio, realizando operações de day trade, que resultaram na perda dos recursos investidos. O assessor também é acusado de fraudar documentos e inserir informações falsas no sistema para dificultar o acesso às informações por parte das vítimas.

Desvios e Prejuízos aos Investidores

Um empresário, ex-sócio de Biagi, que não teve sua identidade divulgada, também foi vítima do esquema. Ele relatou ter percebido os desvios após seis meses de sociedade. “Ele tirou a vida financeira de algumas pessoas. É dinheiro da vida inteira que foi guardado. Ele é, realmente, um bandido profissional, conseguiu enganar bastante gente”, afirmou o empresário à EPTV, afiliada da TV Globo.

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Inicialmente, Biagi atuava sozinho. Com o aumento das quantias desviadas, ele abriu uma empresa de investimentos e passou a desviar dinheiro dos próprios sócios. Segundo o delegado Marcellus Henrique de Araújo, “todo dinheiro que entrava para a empresa, que iria para a conta de investimento da corretora, ele desviava para uma conta que ele abriu em outro banco”.

Vítimas e Crimes Financeiros

Entre as vítimas de Biagi estão advogados, médicos e aposentados, principalmente de Ribeirão Preto. As autoridades cumpriram mandados de busca e apreensão em Ribeirão Preto, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

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O ex-sócio de Biagi acredita que a lista de pessoas lesadas é extensa. As investigações revelaram que Biagi prometia rendimentos altos, mas, posteriormente, passou a oferecer 2% de vantagem para manter as vítimas enganadas. Ao menos dez pessoas prestaram depoimento afirmando terem sido alvo do golpe.

Biagi deve responder por pelo menos seis crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, incluindo gestão fraudulenta, apropriação de recursos de investidor e fraude fiscal. As penas somadas podem variar de 10 a 37 anos de reclusão.

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Impostos Pagos sobre Rendimentos Falsos

A PF informou que o assessor divulgava aos clientes os valores totais, mesmo aqueles já desviados. As vítimas, acreditando nos rendimentos falsos, declaravam o dinheiro à Receita Federal e pagavam impostos sobre valores que não existiam.

“A informação falsa era o rendimento. Para manter a vítima sob o domínio dele, ele ia fornecendo demonstrativo de rendimentos que ele fabricava”, explicou o delegado.

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A defesa de Biagi não se manifestou sobre as acusações. Segundo a Polícia Federal, as investigações continuam. Os prejuízos das vítimas são calculados em milhões de reais. O caso segue em andamento.

Com informações do g1 Ribeirão Preto e Franca.

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