Por que Lindemberg está fora do documentário do Caso Eloá? Netflix revela decisão
FOTO/ REPRODUÇÃO
O documentário “Caso Eloá – Refém ao Vivo”, que lidera audiência na Netflix, não inclui Lindemberg Alves, autor do crime, e a produtora explica que a decisão foi tomada para não dar voz ao agressor.
Por que Lindemberg não aparece na produção
A produtora Veronica Stumpf afirma que nunca considerou entrevistar Lindemberg Alves para o documentário. Segundo ela, o objetivo da obra é contar a história de Eloá Pimentel, expor falhas da mídia e da polícia e evitar que o criminoso tivesse novo espaço público.
Veronica lembra que Lindemberg já teve ampla visibilidade durante o sequestro transmitido ao vivo e no julgamento. Para ela, nada do que ele pudesse dizer hoje seria relevante para o propósito do filme.
Situação atual do condenado
Lindemberg Alves, hoje com 34 anos, cumpre pena em regime semiaberto na Penitenciária de Tremembé II. Ele foi condenado pelo assassinato da ex-namorada em 2008, após 100 horas de sequestro que chocaram o país.
A primeira condenação, em 2012, somou 98 anos e 10 meses por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado e disparos de arma de fogo. Em 2013, a pena foi reduzida para 39 anos e três meses.
Com trabalho e estudos na prisão, Lindemberg conseguiu diminuir ainda mais o tempo a cumprir. Ele permanece sob custódia, mas com autorização para atividades externas previstas no regime semiaberto.
Documentário reacende debate sobre erros do caso Eloá
O filme da Netflix reúne autoridades, jornalistas e familiares de Eloá para revisitar a tragédia e discutir os erros cometidos em 2008. A ausência do agressor reforça a proposta de centralizar a narrativa na vítima e nas falhas institucionais que cercaram o caso.
O documentário recupera momentos da cobertura ao vivo, mostra a tensão das negociações e destaca como a exposição midiática influenciou o desfecho. A produção reacendeu debates que ainda reverberam 16 anos depois.
