Caso Eloá: documentário da Netflix expõe erros chocantes da mídia e da polícia
FOTO/ REPRODUÇÃO
O documentário “Caso Eloá: Refém ao Vivo” estreou na Netflix e rapidamente alcançou o primeiro lugar entre os filmes mais assistidos da semana, reacendendo debates sobre erros da mídia, da polícia e a ausência do sequestrador Lindemberg na produção.
Documentário vira destaque nacional
A produção reúne entrevistas inéditas com autoridades, jornalistas e familiares da jovem Eloá Pimentel, sequestrada e morta aos 15 anos pelo ex-namorado. O filme revisita o episódio que chocou o país e ganhou transmissão contínua na TV em 2008.
A produtora Veronica Stumpf explicou que Lindemberg não aparece na obra. Segundo ela, não havia interesse em dar voz ao autor do crime, já amplamente exposto durante o sequestro e o julgamento.
Produtora critica exposição do criminoso
Veronica afirma que a proposta central é resgatar a história de Eloá, destacando como erros coletivos contribuíram para o desfecho trágico. Ela cita falhas da sociedade, da polícia e da própria imprensa, que retratou o agressor como “um jovem apaixonado”.
Para a produtora, a abordagem midiática da época deu espaço indevido ao sequestrador, inclusive com entrevista concedida durante o cárcere. A nova produção tenta corrigir esse foco.
Relembre o Caso Eloá
Em 2008, o sequestro de Eloá por Lindemberg Alves durou cerca de 100 horas. O caso mobilizou o país e foi acompanhado ao vivo pela televisão. Houve negociações tensas, depoimentos de vizinhos, especulações e até comunicação direta com o criminoso.
A jovem acabou morta após a invasão do apartamento pela polícia, consolidando o Caso Eloá como um dos episódios de cárcere privado mais emblemáticos da história brasileira.
