13º salário ou PIS/Pasep: qual escolher para quitar dívidas e fugir dos juros?

Com a proximidade do fim do ano, muitos brasileiros se deparam com dois pagamentos extras: o 13º salário e, em alguns casos, o abono salarial do PIS/Pasep. Diante de dívidas acumuladas e juros elevados, especialmente no cartão de crédito e cheque especial, surge a dúvida crucial: qual desses recursos utilizar primeiro para quitar débitos e minimizar o impacto financeiro?
A decisão ideal varia conforme a situação individual, mas especialistas em finanças oferecem orientações valiosas para auxiliar nessa escolha estratégica.
Entendendo os benefícios
O 13º salário é uma gratificação anual para trabalhadores com carteira assinada (CLT), geralmente pago em duas parcelas. Ele representa um salário adicional proporcional aos meses trabalhados, funcionando como uma excelente oportunidade para organizar as finanças antes do início do novo ano.
Já o PIS/Pasep é um benefício anual destinado a quem cumpre requisitos específicos, como tempo de cadastro, renda e meses trabalhados. O valor pode chegar a um salário mínimo e também funciona como uma injeção de recursos.
Priorizando dívidas caras
A recomendação de especialistas é clara: priorizar o pagamento de dívidas com juros mais altos é fundamental para a saúde financeira. Débitos de cartão de crédito e cheque especial podem apresentar taxas anuais superiores a 300%, fazendo com que o montante da dívida cresça exponencialmente.
Utilizar o 13º salário para quitar ou renegociar essas dívidas de alto custo pode gerar uma economia imediata de juros e aliviar o orçamento mensal. A quitação ou redução significativa desses saldos com esse benefício extra deve ser uma prioridade, pois os juros dessas modalidades raramente são superados por investimentos conservadores.
O papel do PIS/Pasep
O PIS/Pasep também pode ser um recurso valioso, especialmente se o 13º salário já foi utilizado para as dívidas mais urgentes ou se os débitos restantes possuem juros menos expressivos. O abono salarial pode ser empregado para:
Completar o pagamento de parcelas pendentes; negociar descontos com credores; quitar outras dívidas com juros moderados; ou iniciar/reforçar uma reserva de emergência, caso os débitos mais caros já tenham sido eliminados.
Planejamento para otimização
Para uma gestão financeira eficaz, é essencial analisar o custo dos juros de cada dívida e, se forem altos, direcionar o 13º salário para amortizá-los. Dividir o uso dos benefícios em etapas, utilizando o 13º para as dívidas mais onerosas e o PIS/Pasep para outras necessidades ou para formar uma reserva, pode ser uma estratégia inteligente.
Um planejamento prévio, listando dívidas, juros e prazos, é crucial para evitar o endividamento no início do ano. Além de quitar débitos, parte desses recursos pode ser destinada a despesas obrigatórias de início de ano, como IPVA, IPTU, matrículas escolares e seguros, ou para fortalecer a reserva de emergência, garantindo maior segurança financeira a médio prazo.
